MÚSICA NO MUSEU

		Clássico Per Cembalo dia 16 de Junho pelas 16:00/ ano 2007 Igreja das Carmelitas Obras de Joseph Haydn, João Cordeiro da Silva e W. A. Mozart Mário Marques Trilha, cravo Apresentação do concerto por Mário Trilha Dispomos de escassas referências biográficas
do excelente compositor português João Cordeiro da Silva, encontrando-se somente na obra Dicionário Biográfico de Músicos Portugueses de Ernesto Vieira a seguinte indicação: "Rarissimas noticias biographicas posso dar d'este musico, não obstante ter sido um dos bons compositores que brilharam na côrte nos fins do seculo XVIII, periodo aureo para a arte muzical no nosso paiz. Só sei que assinou o livro de entradas na irmandade de Santa Cecilia a 21 de novembro de 1756, mas ignoro por emquanto a data do seu fallecimento, que não consegui achar no cartorio da mesma irmandade. [...] Em 1763 era "Organista, e compositor de S. Magestade Fidelissima na Capella Real da Ajuda", conforme o titulo de uma carta em louvor da obra de Solano – "Nova Instrucção Musical" – que n'essa obra se lê. Mais tarde parece que foi mestre da capella e professor dos principes e infantes, conjunctamente com João de Sousa Carvalho. [...] Todavia é de notar que em todos os librettos impressos das suas operas figura com o simples titulo de "Virtuoso della Capella Reale". Esta circunstancia é quase um desmentido do marquez de Resende e de Bastos, a não ser que João Cordeiro tivesse sido nomeado para os logares mencionados depois de 1788, que é a data da sua ultima composição theatral cujo libretto se imprimiu. [...]" [Vieira: 1900, II] Cordeiro da Silva escreveu 11 composições teatrais (serenatas, farsas, oratórias, dramas, óperas), cujas partituras se encontrar maioritariamente na Biblioteca da Ajuda. Escreveu ainda composições sacras, para 4 vozes e órgão, que se encontram no Arquivo da Sé Patriarcal de Lisboa. Bem como os doze minuetos deste concerto, que são peças de um gosto completamente clássico, embora ancorado na indefectível tradição italiana. A Sonata em Ré Maior Hob XVI:19 de Haydn, composta em 1767 foi publicada pela editora Artaria de Viena ainda como exclusivamente para cravo. Já a sonata em dó maior KV 330 de Mozart, composta em 1783, também ela editada pela Artaria, continha o título de Sonata pour le Clavecin ou le Forte-piano, demostrando que as recentes melhorias da mêcanica do piano, bem como a sua crescente baixa de preço, interessavam cada vez mais ao público, aos interpretes e aos compositores. Todavia a utilização do cravo continuava, senão de maneira preponderante, a ser muito frequente.

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